Este é um texto sobre amores possíveis entre dois desconhecidos que se encontram por acaso em um modesto e descontraído bar da cidade.
Uma conversa sincera entre duas pessoas que nunca tinham se visto. Será que poderia ser chamado de um primeiro encontro, apesar de não terem marcado ou sequer cogitado a possibilidade de conhecerem alguém naquele dia?
É perceptível que ocorre entre eles uma afinidade inicial sincera nas trocas de palavras, de referências. E o início de uma simpatia mútua.
Depois do bar podem ter ido para algum lugar mais reservado e começado um grande romance, um romance breve, ou cada um pode ter seguido seu próprio rumo e nunca mais terem se visto.
Neste caso, é você quem decide a trajetória dessas duas pessoas que se encontraram por acaso naquele modesto boteco e, que por acaso, meio a vários outros personagens, decidiram se permitirem trocar as primeiras palavras.
Amores possíveis: uma conversa entre desconhecidos
“Você tem isqueiro?”, perguntou a menina.
“Não, eu não fumo, desculpa”, respondeu o rapaz que lia solitário um livro.
Era apenas um boteco como outro qualquer do Centro da cidade, onde público de todos os tipos e idades se reuniam durante a semana.
“Melhor assim. Eu decidi parar de fumar, há três dias não coloco um cigarro na boca, mas hoje foi tudo tão atarefado que precisava de um cigarro, mas você me salvou”.
“Sou seu herói então”.
“Mais ou menos isso”.
Riram enquanto se apresentavam.
“Está lendo o que?”, ela perguntou.
“On The Road, conhece?”
“Sim, gosto muito, me identifico com os autores da geração beat”.
“Todos nós, eu acho. Tô na parte que o Sal chama o Dean para ir para a Itália e o Dean lança um olhar esquisito para ele. É a parte do livro que mais me emocionou até agora. Me lembrou um velho amigo”.
“E por onde esse velho amigo anda?”
“Pelo mundo, enlouquecendo talvez”.
“E você, enlouquecendo também?”
“Infelizmente não. Apenas lendo e tentando absorver tudo de mais bonita que a vida tem a me oferecer no dia de hoje”.
“E o que seria esse tudo de mais bonito?”
“Você, por exemplo. Nunca te vi mas acho que te esperava desde sempre”.
Ela sorriu. Pediram uma cachaça de gengibre e desandaram a falar durante toda a noite.
O que achou do texto sobre amores possíveis?
Desejamos, portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.
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