Um texto sobre alguém muito especial. Daquelas pessoas que nos encantam profundamente com as menores atitudes. Alguém que desperta admiração simplesmente por existir no mundo. Cheia de doçura e delicadeza.
Que nos transmite paz quando fala, quando anda. E até no silêncio nos sensibiliza. Uma pessoa meiga e terna, cheia de suavidade. Uma companhia prazerosa, afável e encantadora, que enche de carinho e afeto os ambientes por onde passa e ocupa.
Mas também uma pessoa que valoriza a solidão, ou melhor, a solitude. Ficar sozinha a enche de prazer e alegria.
Alguém muito especial
Parecia flutuar sobre a calçada de tão gracioso que era seu andar. Deixava um rastro colorido de perfume, meio alaranjado, puxando para o amarelo que lembrava flor-do-campo.
Carregava uma alma de quem já passou diversas vezes por essas terras, e conhecia com a planta dos pés cada castanheira e erosão daquelas ruas.
Gostava de olhar o sol, de sentir o vento e de sonhar com uma das diversas vidas que inventava nos momentos de solidão.
Quando submersa em carência tinha tanta convicção do amor que sentia, que a única coisa que sonhava era em colocar os pés no mar novamente.
E ao lembrar da espuma tocando a pele lembrava também de toda a calma que sentia. E os sentidos se transformavam e os dias ficavam menos ruins.
Gozava de uma vida interior tão intensa que eram poucas as coisas do lado de fora que a interessavam.
*Este texto é uma letra de música do meu disco Crônicas de Ontem e Outras Saudades. Se chama Doçura e pode ser ouvido em todas as plataformas de streaming.
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Desejamos, portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.


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