Há relacionamentos que acabam, mas uma das partes segue mantendo a esperança de uma nova chance no futuro com aquele amor antigo. É sobre isso que o texto desta postagem fala.
O personagem, depois do fim do relacionamento, foi viver sua vida. Mas sempre mantendo a esperança de que em algum momento voltaria para seu amor antigo.
E segue vivendo seus dias se agarrando nessa fé. Na verdade, o que o mantém vivo é a certeza de que em algum futuro os dois possam voltar a viver juntos mais uma vez.
E apesar dos relacionamentos que continua se permitindo viver, tem no antigo amor o verdadeiro ideal de vida a dois.
Amor antigo
Quando saiu por aquela porta dizendo adeus carregava na mala a sensação de que entraria por ali de novo em algum momento no futuro. E a fechadura seria a mesma, o portão e as paredes da mesma cor. O cachorro que metia medo estaria lá, o gato que sempre o olhava da janela, a árvore no quintal, tudo como sempre foi. E que ela, talvez ainda mais bonita, ainda mais madura, o recebesse de braços abertos e com o mesmo sorriso.
Acreditava que deveriam viver um hiato para depois, quem sabe, se juntarem novamente. Viveram anos em função um do outro. Cresceram juntos, choraram juntos, riram juntos e se entregaram juntos. Corpo numa sintonia divina. Alma numa sintonia eterna. Formavam um casal único. Fisicamente eram parecidos. Irmãos de existência? Se perguntava em sua andança pelo mundo.
E nas danças solitárias fechava os olhos e era ela quem lhe sorria convidando-o para mais uma música. Então, ele abria os braços, e a alegria logo brotava aceitando o convite. E logo depois, abria os olhos e as lágrimas jorravam de saudade.
Mas seguia na dança, ditando o ritmo. Na andança, pelo mundo.
Visitava outras ruas, outras casas, outras bocas e outras camas. E os anos foram passando. Sabia que junto das cartas e fotografias deixou também a mágoa e incompreensão. E ao acordar naquela manhã com uma vontade desesperadora de bater novamente a antiga porta, preferiu não fazer nada.
Respirou fundo, abraçou o travesseiro como se a abraçasse demoradamente e voltou a dormir com um estranho alívio de que certas coisas já estariam escritas para eles, e o reencontro era questão de só um pouco mais de tempo.
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Desejamos portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.
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