Às vezes temos lembrança de um tempo mais simples, mas que, apesar da simplicidade desse tempo, potência e beleza surgem nas recordações.


Às vezes vem na lembrança um tempo mais simples, mas, apesar da simplicidade desse tempo, potência e beleza surgem nas recordações.

Temos a sensação de que no passado era tudo era mais delicado, as pessoas mais gentis, os problemas menos complexos, a felicidade mais fácil de ser desejada e alcançada, como se o sorriso fosse nossa mais importante matéria-prima.

O que você acha disso? Concorda? Nesta postagem o que surge é uma lembrança bonita, de um tempo onde tudo corria de uma maneira mais lenta, onde a madrugada era mais silenciosa e a ingenuidade reinava no mundo.

Uma lembrança onde pequenos acontecimentos, como uma poça de chuva, um passeio de bicicleta, ganham grande importância. E onde o amor está sempre presente. Aquele amor leve e corriqueiro. Um amor juvenil que pensa no futuro como um grande sonho a ser vivido juntos. Que você se emocione com toda a delicadeza do texto abaixo.


Lembrança


Lembra quando frequentávamos os muquifos da cidade atrás de boa música, dança e pessoas divertidas? Era tudo mais ingênuo e simples. Guitarras desafinadas, péssimo som, cerveja quente e vinho barato, nada disso era um problema. Éramos abraçados por mendigos melancólicos durante a noite e, na volta para casa, ríamos de tudo.


A madrugada era mais silenciosa, e nós, menos medrosos.


O tempo passou mais rápido que um espirro. Às vezes penso no que estaríamos fazendo juntos hoje, que pecados cometeríamos, por quais meios-fios dançaríamos, pulando poças de chuva ou esperando o sol nascer. Barulho de mar me lembra você ouvindo Itamar Assumpção e se perguntando para onde a vida nos levaria. E eu, com minhas loucas promessas, dizia que um dia iríamos pisar na lua juntos e escreveríamos poesia em sua superfície.


Naqueles tempos você me achava um completo idiota boa praça e me amava. Para mim você era uma musa, dessas de cinema, que todos queriam ao lado.


Era bom descobrir o mundo com você e rir até a barriga doer, tomar cachaça e ficar conversando sobre astrologia nas praças com os hippies fazendo mandala de arame, andar de bicicleta aos sábados à tarde, cantar roques antigos, inventar versos simples e de novo procurar alguns muquifos por bairros distantes.

A madrugada era mais silenciosa, e nós, menos medrosos.




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Desejamos portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.


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