Muitas vezes quando experimentamos a solidão queremos gritar para o mundo: me sinto sozinho. Nesta postagem, temos um miniconto onde o personagem está se sentindo sozinho, sem companhia e com um vazio grande no corpo e na alma.
Se sente como se não tivesse ninguém com quem contar. E é acometido por uma grande vertigem, como se o mundo tivesse parado e só restasse a solidão e uma sensação enorme de abandono, de ausência, de angustia no peito.
Então, ele começa a lembrar de um tempo bom, onde existia uma possibilidade de felicidade. E tudo parecia mais colorido e verdadeiro. Onde o amor se mostrava palpável e presente no cotidiano, nos pequenos gestos, nas risadas. E tenta manter a fé de que tudo ficará bem novamente.
Me sinto sozinho: um conto sobre solidão
E de repente o mundo parou. Juro que aconteceu. Foi meio abrupto mesmo. A terra parou de girar e houve um silêncio desolador. E houve um hiato entre o instante anterior e esse agora. Uma pausa. E então experimentei a solidão. Um escândalo só. E tropecei no vazio tão íntimo que já tinha me esquecido dele. E quando pisquei os olhos você não estava mais ali.
E lembrei de um tempo bom. Do tempo dos amores possíveis, das juras. E você dizia que me amava. E eu dizia que te amava. E não existiam arrependimentos. Apenas uma certeza cega, uma gratidão absurda por termos nos encontrado e de forma tão inusitada. E não existia medo apenas vontade...
Então, vieram os natais, os aniversários, as surpresas fora de horário, as ligações diárias, as flores que emocionaram. E lembrei de quando busquei seu pé na calada da noite pela primeira vez para aquecer o meu. E de como você segurava minha mão, com força, enquanto estávamos dormindo. E de como eu gostava de acordar antes só para vigiar seu sono. E de tudo que pensei que seria possível.
E de como eu queria que você acreditasse novamente. Pois, temos quase tudo do que é preciso, só nos falta coragem. E um pouco de fé de que ainda está intacto, apenas guardado, pronto para de novo ser sentido, vivenciado, expelido antes que o mundo pare novamente. E juro que aconteceu uma vez...
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Desejamos, portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.


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