Uma pessoa sentada na praça Paris, no Rio de Janeiro, refletindo sobre a vida e sobre as coisas que o atravessam naquele momento.
Você com certeza já viveu uma situação parecida, onde presente e passado invadem a mente. E aquilo que está do lado de fora e do lado de dentro se misturam.
Refletindo sobre a vida
Uma paixão. Um amor. Grama úmida. Canções no celular e poemas de Drummond. No céu as nuvens se transformam: lua nova, minguante, lua cheia e crescente. Sinto aromas: carambola, morango, cheiro de cachaça e gasolina, e as meninas brincando ao lado.
Cidade grande, metrópole, o Rio faz cócegas no céu com seus prédios imponentes. E somos tão vaidosos, tão cheios de mania de grandeza que tudo isso só poderia ser obra do homem tentando se igualar a Deus.
Lembro que vi Jesus certa vez numa nuvem, com um olhar um pouco mais triste que o habitual, olhar de desamparo.
Cansado talvez de toda essa megalomania humana. Talvez fosse melhor ser anjo e voar junto aos pássaros, ou fosse melhor ser nuvem para estar mais perto do Pai, e ser levado aonde os ventos quisessem.
Uma senhora assobia alimentando os pombos na praça Paris. Comprou dois pacotes de pipoca, um para ela e outro para os pombos e as meninas continuam brincando ao lado.
Há anos não ouvia essa canção. Nesse mundo tão tecnologicamente acessível e conectado é curioso vê-las brincando da mesma brincadeira de minha infância. A melodia me é tão familiar, mas da letra já não recordo tanto. E de quantas coisas não me recordo mais?
Do gosto do doce de ambrosia da minha avó, por exemplo. Mas o mais engraçado é que continuo falando que foi o melhor doce de ambrosia que provei na vida. Acredito que seja isso, passamos a vida tentando buscar aquelas primeiras sensações que tivemos nesse mundo: o amor materno, o carinho paterno, os mimos das avós e dos avôs.
Um gari passa cantando um samba do carnaval passado. Nem parece que ontem caiu aquela tempestade, o céu está com um azul bonito e com algumas nuvens que se transfiguram me fazendo viajar em minha própria história.
Às vezes tenho a sensação de que o tempo nunca passa.
Algo nesse lugar continua exatamente da mesma forma de anos atrás. A igreja, os postes, os prédios sempre imponentes e os morros se acendendo a noite. Quando olho para algum morro do Rio a noite penso que todas aquelas luzes, que me acalentam, são estrelas pregadas na terra. Ainda garoto me diziam que quando morremos nos transformamos em estrelas, penso que até hoje acredito um pouco nisso.
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Desejamos portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.


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