Caminhar pelas ruas enquanto os pensamentos nos invade. Este texto é uma reflexão sobre o amor que nos envolve em várias fases de nossas vidas, independente de idade, classe, gênero e orientação sexual. Afinal, corrompemos o amor? Fica a pergunta para você.
Reflexão sobre o amor
Caminho pelo Largo da Carioca enquanto desconhecidos cruzam rápido por mim. Penso no amor. No amor que sinto, no amor que senti, no amor dos outros.
No amor de Roberto pela Camila. No amor de Gustavo por Antônia. Nas flores que Eduardo enviou para Jéssica. No amor de Elisabete por Luana. Na carta que Samuel escreveu para Washington. Nos olhos brilhantes de Luísa olhando o novo pôster do Luan Santana. Na Marlene apaixonada pelo Daniel e tentando conquistá-lo com uma torta de maracujá. No Robson fazendo música para Caroline.
No Neildo, um morador de rua, carregando nas mãos sua princesa, um jarrinho pequeno de flor, única lembrança que leva dos filhos, que viu pela última vez andando com a mãe pela Candelária.
Neildo é alcoólatra. E só é alcoólatra porque foi a única forma que achou de lidar com as dores contemporâneas. Dor de um luto que nunca pôde ser elaborado...
Caminho pelo Largo da Carioca e penso nos amores que já tive. Na Natália, na Gabriela, na Munique, Catarina 1, Catarina 2, Taís, Renata, Paula, na moça do ponto de ônibus, da padaria, na morena da Maracangalha, na bailarina do espetáculo de dança, amor de único final de semana, que ficou marcado feito tatuagem.
Nos amores de longe, nos amores de perto, naqueles que nem viraram amores ainda, e que nem sei se virarão. E penso que o homem conseguiu subverter as duas maiores forças do universo, a que chamamos de Deus e a que chamamos de Amor.
Fizemos de Deus nossa imagem e semelhança, a ponto de transformá -lo em uma entidade egoísta, vaidosa, mesquinha, vingativa e autoritária.
E do amor fizemos produto com prazo de validade, comprado em qualquer prateleira de qualquer boate, da moda ou não...
O amor era um passarinho bonito que batia as asas com leveza e graça. Hoje é um pássaro acorrentado que nem cantar sabe mais...
Vou andando pelas ruas, pelo centro da metrópole que tanto amo. Respiro este ar abafado, esta correria ordinária, e penso que ainda não evoluímos nada...
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Desejamos portanto, que todos se inspirem a colocar no papel os sentimentos, os momentos, as sensações, as verdades, as alegrias, tristezas, a paixão, o carinho, a admiração, o amor, a gratidão, felicidade, para que a gente possa, acima de tudo, dar importância, cada vez maior, as pequenas sensações e pensamentos do cotidiano e aos nossos sentimentos mais íntimos.


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